1964

 

No dia 12 de janeiro Elvis foi para Nashville para gravar três músicas, duas delas regravações de Memphis Tennessee e Ask me, embora o motivo principal da sessão tenha sido para gravar It hurts me.
No dia 30 de janeiro o Coronel Parker comprou o Iate Potomac por $55,000 dólares . O Iate pertencera ao presidente dos Estados Unidos Roosevelt durante a Segunda Guerra mundial, e era usado para levar o presidente aos encontros secretos com Winston Churchill. A idéia original do Coronel era doá-lo para a organização de caridade favorita de Elvis, March of Dimes, mas eles não o aceitaram pois não poderiam manter o Iate. No dia dos namorado nos Estados Unidos (14 de Fevereiro) o Potomac foi doado pra o St Jude Hospital. Danny Thomas, o fundador do Hospital, aceitou o presente. O Coronel preparou uma coletiva com a imprensa em Long Beach, California, onde o navio estava localizado. Danny Thomas admirava a história por trás do navio e agradeceu Elvis no nome das crianças que seriam ajudadas pela doação dele. Ele também lembrou que o St. Jude Children's Research Hospital tinha sido construído perto de onde Elvis morou, na rua Alabama em Memphis. O Hospital vendeu o Potomac posteriormente.
Em fevereiro a RCA lançou Kissin'Cousins (It hurts me no lado B) numa tentativa de promover o novo filme de Elvis. Como resultado, It hurts me acabou não recebendo a devida atenção.
No final de fevereiro Elvis inicia as filmagens de Roustabout. A Paramount utilizou locações californianas em Hidden Valley enquanto a gravação da trilha ocorreu na Radio Recorders. Elvis continuava usando playback como recurso para gravação. Em março Kissin' Cousins estreou nos cinemas acompanhado do respectivo LP. Em abril, Viva Las Vegas foi lançado sendo sucesso de crítica e bilheteria, o que não havia acontecido com o filme anterior.

1964 - Elvis em busca de espiritualidade

 

Ainda em abril Larry Geller foi contratado para substituir o cabeleireiro de Elvis, Sal Orfice. A amizade entre Elvis e Larry não só mudaria Elvis como causaria tensão, ciúmes e medo no grupo, inclusive por parte de Priscilla. Segundo alguns, a presença de Geller ajudou muito a melhorar a depressão que Elvis vinha sentindo naquela época. Mas segundo outros, Geller só teria prejudicado a situação. A amizade entre os dois foi certamente muito forte pois estava baseada nos estudos espiritualistas pelos quais ambos se interessavam. Segundo Geller, Elvis nunca explodia emocionalmente com ele e sua mudança de comportamento no geral incomodava as pessoas do circulo de amigos. Coronel Parker nunca gostou de Geller pois achava que ele tinha muito poder sobre Elvis. Na verdade, Geller nunca controlou Elvis apenas permitiu que ele se aprofundasse mais em sua busca espiritual. Na época em que tudo isso aconteceu estudos sobre espiritualidade eram considerados "estranhos". Elvis nunca pôde compartilhar suas idéias e estudos com ninguém exatamente por isso. Além disso, o modo de vida de Geller faziam com que o grupo de Elvis não aceitassem Geller. Segundo Joe Esposito, Geller tinha romances extraconjugais e fazia uso de drogas exatamente como eles.
Mas na verdade, nada conseguia ajudar Elvis, sua busca mostrou-se frustrade e a sua desilusão com os filmes era tão grande que a depressão passou a fazer parte de seus problemas. Segundo Priscilla, era impossível ajudá-lo e eventualmente ele passou a tomar antidepressivos. O Coronel Parker queria informações sobre o estado psicológico de Elvis a todo momento, principalmente após sua amizade tão temida com Larry Geller. Tudo isso colocou muita pressão em Joe Esposito que era quem mantinha o contato entre Elvis e o Coronel.

Ainda em 1964

 

Em junho, Elvis voltou a Hollywood para filmar Girl Happy. O final das filmagens foi marcada por uma briga entre Joe Esposito e Elvis. Na volta à Memphis eles pararam em Amarillo, Texas e Joe telefonou para o Coronel, como sempre fez. Eles dormiram num hotel e quando acordaram havia milhares de fãs na porta. Elvis acreditou ter sido culpa de Joe que, por sua vez, ficou muito magoado e deixou Elvis. Tal reação pode ser melhor compreendida quando se leva em consideração a relação balançada que havia entre Elvis e os amigos devido a Larry Geller. No Natal, Elvis mandou um presente e Joe ligou para agradecer. No final Joe acabou pedindo seu emprego de volta. Marty Lacker, que tinha tomado o lugar de Joe, não gostou muito da sua volta mas logo em seguida se acostumou com a idéia.